quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Laços....(Lindo!)


Aprendi a dar laços
quando ainda era uma menina.
Lembro-me bem da lição:
delicadeza e desenvoltura nos movimentos...
Importante era dar a laçada
sem tranformá-la em nó.
Tarefa difícil para mãozinhas inexperientes
nessa arte que deve resultar em beleza.
Sim, porque laço pronto mais se parece
com borboleta em voo...
Com o tempo, ganhei maior habilidade
no exercício e pude ver meus laços
cada vez mais firmes e belos!...
Hoje, ao recompor essas lembranças,
percebo que aquela experiência da infância
me capacitou a extrair outras lições
da metáfora do laço, afinal, a vida nos pede,
em seu percurso, a construção de relações
onde os nós sejam desfeitos para sempre
e a beleza dos laços bem feitos
se expresse como direção segura.
Entrelaçados, complementamo-nos uns aos outros.
Natural, pois, que estejamos atentos
à forma como estabelecemos nossas relações afetivas:
amaremos o outro sem sufocá-lo
em nossos nós egoísticos;
firmaremos laços diversos,
conscientes do respeito que devemos
à liberdade de cada ser;
estaremos sempre unidos
por laços de afinidade,
que nos possibilitem crescimento contínuo...
Se reflito sobre essas coisas ,
é porque já não sou mais aquela menina
às voltas com os laçarotes da infância...
Sinto, na alma, uma pulsão que me move
a agir sobre bases amadurecidas.
Sei, também, que o que sou resulta, e muito,
das relações profundas com que fui aprendendo
ao longo dos tempos...
Cada uma delas, sem exceção,
um laço de luz a nortear meus caminhos.
Por isto é que laços de afeto são, para mim,
uma necessidade;
respiração da alma talvez...
(Desconheço o autor)

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