"Mesmo minhas alegrias,
como são solitárias às vezes.
E uma alegria solitária pode se tornar patética.
É como ficar com um presente todo embrulhado
com papel enfeitado de presente nas mãos
e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o!
Não querendo me ver em situações patéticas e,
por uma espécie de contenção,
evitando o tom de tragédia,
então raramente embrulho
com papel de presente
os meus sentimentos."
(Clarice Lispector)
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