domingo, 13 de junho de 2010

"Não julgue um homem por seu nome,
a mulher por seu amor,
o amor por seu final.
Não julgue o passado pelos naufrágios,
a morte por seu ritual,
o futuro, pelos seus presságios.
Não julgue as palavras pelos insultos,
os fiéis por seus cultos,
os deuses por seus fiéis.
Não julgue os sonhos pela impossibilidade,
os dedos por seus anéis,
espelhos da vaidade.
Não julgue um livro por sua capa,
um povo, por sua roupa,
a roupa, por ser exótica.
Não julgue o sol pela estiagem,
deserto de nossas miragens,
a vida é sempre uma ilusão de ótica."
(Silvio Ribeiro de Castro)

Nenhum comentário:

Postar um comentário