sábado, 23 de outubro de 2010

Quanta mudança alcança o nosso ser.
Posso ser assim, daqui a pouco não.
Posso ser assim daqui a pouco?
Se agregar não é segregar.
Se agora for, foi-se a hora.
Dispensar não é não pensar.
Se saciou, foi-se embora.
Quanta mudança, daqui a pouco...
Se lembrar não é celebrar.
Dura-lhe a dor, quando aflora.
Esquecer não é perdoar.
Se consagrou, sangra agora.
Tempo de dar colo, tempo de decolar.
O que há é o que é e o que será, nascerá.
Nasss... será?
Reciclar a palavra, o telhado e o porão.
Reinventar tantas outras notas musicais.
Escrever um pretexto, um prefácio, um refrão.
Ser essência, muito mais.
A porta aberta, o porto, a casa, o caos, o cais.
Se lembrar de celebrar muito mais.
A poesia prevalece, a essência, a paz, a ciência.
Não acomodar com o que incomoda.
Vou, vou engarrafar essa dor,
vou engarrafar a saudade,
vou me embreagar de tristeza.
Bendizendo ela vira beleza.
Gentileza gera gentileza.
(O Teatro Mágico)

Nenhum comentário:

Postar um comentário