segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


"Certo dia, uma região florestal estava sendo inundada, e para sobreviver era necessário atravessar um rio. O escorpião, porém, não sabia nadar, e precisava da ajuda de um jacaré para conseguir fugir da morte. O jacaré, por sua vez, recusava-se a ajudá-lo, temendo ser picado e contaminado com o seu veneno.
- Eu não vou picá-lo. Quero sobreviver e preciso de você para isso.
O jacaré aceitou o argumento, pôs o escorpião em suas costas e começou a travessia. As margens do outro lado do rio, o jacaré sentiu uma fisgada nas costas e percebeu que estava sendo envenenado.
- Escopião, o que você fez? Não vê que agora eu vou morrer e por consequência, você vai se afogar e morrer também.
- Eu sinto muito, jacaré, mas tá na minha essência, na minha natureza, e por mais que eu tenha tentado, não pude evitar.” (Desconheço o autor)


Tenho pensado muito, nessas tendências “escorpião” que estão presentes no cotidiano das relações humanas... Elas estão diretamente ligadas a nossa constituição, como fomos criados e o quanto recebemos do mundo esses estímulos de ataque para própria defesa, mesmo quando a necessidade de  defesa sobreviva somente em nossas fantasias arcaicas,  fantasmas que perseguem nossa psiquê, fruto de falhas afetivas que causam tantos prejuízos para o desenvolvimento de uma mente saudável.
Para uns é muito clara a atuação deste instinto “escorpião”, ferroam mas, quando trazem a consciência o ato, sofrem e sentem-se mal...Para outros, a consciência da atuação não acontece e, é aí que mora o perigo! Pois a estes, que se justificam através de projeções, culpabilizando o outro pelo estímulo perverso,   deixam traços de psicopatia, algo mais severo e comprometedor, que precisa ser cuidado e tratado com atenção devida.
É exatamente a fuga do processo de conscientização, que faz com que o ser humano continue nesse ciclo “escorpião”. É através do auto-conhecimento,  da busca de respostas para questões reprimidas e frustradas, oriundas, muito provavelmente, de fase muito incipiente da vida,  que se dá o processo de elaboração,   que traz a cura para a repetição. Para elaborar é preciso entrar em contato, cuidar das feridas, até que cicatrizem.  Afinal, nossa essência primeira não é veneno, é AMOR! (Por: Rosane Uchikawa)

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