segunda-feira, 2 de abril de 2012


Nessas fases doídas da caminhada, a gente esquece
 sim, de que tudo passa.
Esquece, sobretudo, que precisamos permitir que passe.
E que não há muito o que fazer nesses momentos,
senão entregar e confiar,
eta tarefa difícil!
Deixar que as coisas morram e abram espaço para o novo.
Aceitar o intervalo da travessia,
em que as coisas não têm mais a forma antiga
nem ainda a forma nova.
O tempo da crisálida:
nem mais lagarta nem vôo ainda.
Respeitar a cadência natural das gestações.
Lembrar que precisamos ser delicados e generosos com nós mesmos
para atravessar a frente fria até o sol surgir de novo.
Lembrar que tudo é impermanente...

Nenhum comentário:

Postar um comentário